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Memorial Covid-19 | FIOCRUZ
Projeto
Paisagismo
Data
Março 2024
Localização
Campus FIOCRUZ Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Status
not build
Cliente
FIOCRUZ
Prêmio
Menção Honrosa - Concurso Nacional de Arquitetura para o Memorial da FioCruz sobre a Covid-19
Este projeto busca criar espaços de convívio que celebrem a vida e simbolizem a memória, refletindo sobre a ausência e valorizando o presente. O novo memorial tem como foco o tema da vida, exaltando a inventividade das pessoas e das ciências durante os desafios da recente crise sanitária.
Uma passarela metálica leve percorre o terreno, tocando o solo somente onde a estrutura se faz necessária, permitindo que visitantes explorem o memorial sem que esta restrinja o espaço da vegetação existente; baixos muros de pedra criam filtros de privacidade que controlam as vistas ao longo de todo o percurso, servindo também como suportes para orquídeas e bromélias, e tornando-se balizadores simbólicos em referência aos tempos em que dentro e fora por vezes confundiram-se. Propõe-se uma obra limpa, rápida e delicada, um projeto que não devasse a natureza, mas pelo contrário, a enriqueça e valorize.
Por meio do remanejo de espécies e da criação de um percurso elevado e de baixo impacto ambiental, este desenho busca aproximar os visitantes do lago de forma quase que simbiótica e assim incorporar o memorial ao parque, tornando-o acessível a todos e também preservando o existente.
O lago central, símbolo da área escolhida, tem seu perímetro ajustado e ganha destaque, o chafariz subverte-se e desaparece sob o nível da água, um elemento de memória e respeito se constitui a partir desta inversão. O centro do lago passa a ser também seu fim. O óculo transforma-se em um elemento central do memorial, representando a ausência, por meio desta nova imersão circular, um centro invertido.
Por meio da criação de espaços de parada e reflexão, assim como a incorporação de mobiliários junto à estrutura da passarela em pontos estratégicos, tem-se como objetivo a inserção de áreas ativas para evocar a memória e a reflexão sobre a coletividade e sobre o indivíduo. Este novo percurso, é mais do que uma intervenção paisagística, um espaço de memória ou uma praça, trata-se de uma nova prática socioespacial incorporada à dinâmica do cotidiano vivido na Fiocruz: um aprendizado sobre coexistir e transformar o presente e o futuro.













